27 de dezembro de 2005

40ª Postagem

opa...então...poesia nova...feita no Arpoador...no pôr-do-sol

Apenas eu sentado na rocha junto ao mar.
Um ínfimo ser vivo cuja inspiração
É tentar passar a lápis o que brota em coração
Vazio de horizonte, cor, espera e par.

Um quadro fugidio de singela imitação
De tantos outros homens que em eterno pesar
Travavam batalhas inúteis com o que lhes faltava o ar,
A velha e triste ventura...a busca de emoção.

E eu, apenas eu ao relento na pedra calada,
Um espantalho em espasmo de idéia imaginada,
Busco em palavras monótonas explicar minha tristeza.

A solidão e a saudade em meu sujeito profundo
Não sabem que em meu peito agora jaz moribundo
O sopro de minh’alma, a antiga chama acesa.

Marcelo P. Albuquerque

11 de dezembro de 2005

39° Postagem

então...pausa no 1° ano...só p/ postar as últimas poesias...antes q se percam...

Fui ao bosque procurar o que faltava em mim,
Procurar algo para completar minha alma.
Densa chuva cinzenta a cair como pensamento
Inundando meu âmago com dolorosa calma.
Essa busca desesperada de substância intrínseca
É como o próprio bosque, vazio, e escuro, e frio:
Gigantes troncos fincados sem mobilidade
Com ínfimas copas verdes, as quais espio.
E o chão, coberto de folhas secas tem cheiro
De morte, amarga companheira inevitável.
E o que resta de verdes e delicadas folhas
À deriva é devorado pelos vermes, destino afável.
Até o cheiro da terra é úmido e mórbido,
Inóspita em sua essência, é o fim da cobertura.
E tanto se assemelha a imagem minha com a do bosque
Que é como o espelho que une o criador à criatura.
Quanto mais me aventuro a adentrar neste lugar,
Mais difícil é a visão pois encobre tudo a neblina,
E quando chego ao centro e paro de alma tonta
Percebo aos meus pés uma frágil flor que germina.
Estranhando este sopro de vida parado, singelo à minha frente,
Me vem o entendimento simples e cru, antes bloqueado.
E a obviedade de tudo me traz um sorriso à face
Irônico, a verdade é como um pano bordado...
Ali tudo fez-se claro, neste instante lacônico,
De nada eu precisava que não tivesse em mim,
Um simples e ilusório sentimento que todos temos;
A esperança de haver beleza mesmo no pior lugar enfim...
E agora sei como o vento, estampado em meu espírito
Que fui ao bosque entender o que guardava secreto em mim.

Marcelo P. Albuquerque

4 de dezembro de 2005

38ª Postagem

Aff...não vejo a hora de acabarem as poesias do 1° ano...são mto toscas..eu me envergonho...

Onde estará a matriz
De todo o meu sofrimento?
O que será que eu fiz
Para ter tal “punimento”?
Lágrimas correm constantemente
Dos meu olhos até o chão,
E por mais que eu não agüente,
Busco sempre a razão.
Ajo com hipocrisia,
Enganando o coração.
Minha vida é vazia
E não encontro a solução.
Acho que por tal motivo
Continuo a minha vida,
Pois somente sobrevivo
Porque sei que há saída...

Marcelo P. Albuquerque

27 de novembro de 2005

37ª Postagem

Eu seguirei meu caminho
Mesmo depois de você.
Agora, já tão sozinho,
Eu tentarei te esquecer.

Pode ser muito difícil
Mas juro que vou tentar,
Mesmo sendo um suplício
Essa dor vou superar.

Tu não soubestes das valor
A tudo que eu fiz para ti,
Não mereces meu amor
E agora enxergo o que eu não cri.

Tentarei um outro alguém
Quantas vezes precisar
Pois é impossível que ninguém
Queira um dia me amar...

Marcelo P. Albuquerque

21 de novembro de 2005

36ª Postagem

foi mal galera...outra poesia tosca...1° ano...aff...isso me envergonha...mas msmo assim vou pôr todas...p/ contar qntas tenho...aiai...lá vai...

Quanto vale a nossa vida?
Quanto vale o coração?
E a nossa alma perdida
Procurando por perdão?

Nessa enorme tirania
Onde somos explorados,
Com a crente fantasia
De que somos os culpados...

Como um muro de concreto
Que separa regiões,
Separaram nosso afeto
E os nossos corações...

O sistema opressor
Envenenou a minha mente,
Tirou todo o meu pudor
Me transformando num demente... ¬¬ aff...

E agora num dilema
Só me resta um pensamento:
- Faço eu parte de um esquema
Que só visa o sofrimento?

Nunca terei a resposta
Pois agora estou morrendo,
E assim deixo a vós a mostra
Do que está me acontecendo.

Marcelo P. Albuquerque

16 de novembro de 2005

35ª Postagem

gente...foi mal...essas poesias são ruins mas vcs têm q entender q foram as 1ªs q fiz...

Simples ilusão é o amor,
O amor e sua mágica fatal,
Que enche tua vida de torpor
Mas arranca tua alma no final.

Se o amor não fosse de nada culpado
Eu gostaria de amar.
Pois não ficaria alienado
Ao seu modo de outros sentimentos dominar.

Por isso escrevo aqui minha mágoa,
Já desapontou meu coração.
Escorreu de meu peito feito água
Sem tempo nem de me pedir perdão.

Marcelo P. Albuquerque

10 de novembro de 2005

34ª Postagem

tb 1° ano...

Sempre no agonizante martírio do dia a dia
Sinto uma navalha em minha carne a toda hora.
Uma navalha de tristeza, sempre fria,
Em que todo o ódio humano aflora.

Corações rancorosos e sem piedade
Seguem adiante ao futuro da nação,
Não conhecem um pingo de felicidade,
Pisoteados aos milhares, esmagados no chão.

Faço parte dessa imensa massa infeliz
Que como vermes se atacam e se devoram.
Lembro de todas as atrocidades que fiz
Sem dó nem mesmo daqueles que imploram.

Atônito ao mundo, vejo o tempo passar.
Não tenho mais nada em que eu possa crer,
Nada mais que eu possa desejar
Que não me faça sofrer...

Marcelo P. Albuquerque

8 de novembro de 2005

33ª Postagem

voltando p/ 1° ano...
a gente...foi mal por essas poesias...são mto ruins...foram as 1ªs então sabia mto estruturar um verso...e as rimas são mto pobres...
aí vai...

Parecia um amor
Mas era só ilusão.
O espinho dessa flor
Perfurou meu coração...

Acreditei intensamente
Nas palavras que me disse.
Me senti até decente
Como se eu existisse... (= / aff...mto ruim...foi mal gente)

Mas agora eu já sei
Que não valho um vintém
Pois eu sempre viverei
Nesta Terra de Ninguém...

Marcelo P. Albuquerque

1 de novembro de 2005

32ª Postagem


= P hehe...


bom...acho q essa é a última do caderno antigo do 2° ano...a partir do próximo vou pôr todas do fichário...do 1° ano...

Poesia Cuspida

Foi tudo ilusão e hoje enxergo,
Não vales nenhum pouco do meu amor.
Como pude ser tão estúpido e cego,
E achar que tu eras minha linda flor?

Não consigo te olhar sem nenhum pouco querer
Escarrar no teu nome com orgulho,
E com todo aquele escárnio a escorrer,
Ouvir as ferragens do barulho:

Hipócrita, vã, usurpadora, sanguessuga!
Não prestas pra nada, ó minha ex-donzela.
Boêmia, da noite, que seu corpo aluga.
Para todos os bêbedos estás a dar trela.

Não tenho mais palavras pra mostrar o meu ódio
Contra a tua pessoa, mundana nefasta.
Por mim estarias no topo do pódio,
Usada pela pior de todas as castas...

Marcelo P. Albuquerque

25 de outubro de 2005

30ª Postagem

Mais uma do 1° ano...

A nobre lua irradia
A vívida luz celestial
Que cobre o leito do dia
Com sua beleza nupcial.

E no começo desse fim,
Naquela noite bem singela,
Eis que paira sobre mim
Das criaturas a mais bela.

Meu coração, agora tépido,
Se rendeu aos seus encantos,
Este que era o mais intrépido
Só faltava estar aos prantos.

E naquele enorme impasse,
Sem saber o que falar,
Como se já não bastasse...
Eu acabara de acordar...

Marcelo P. Albuquerque

23 de outubro de 2005

29ª Postagem

Bom...como sumiu meu caderno...(ainda faltavam algumas poesias de lá) vou pôr em ordem agora...
essa foi a primeira poesia q eu escrevi na minha vida...vejam q tosca...

(06/08/01)

Ardor, por que abrasas meu peito
Com este sentimento de dor?
Tu me pegaste de jeito
Com este insólito amor.

Essa linda e jeitosa donzela
Que num simples olhar me encantou,
Sem nenhum sinal de cautela,
Sua chama me incendiou.

Pena que não posso tê-la,
É só um inconformável ilusão,
Mas também não posso esquecê-la,
Já dominou meu coração...

Marcelo P. Albuquerque

17 de outubro de 2005

28ª Postagem

msmo caderno...do 2° ano...

Eco

Esse meu verbo hoje que é seco
Que corta a alegria dos afortunados
Impele os ratos de todos os becos,
Como num eco o faz um miado.

Decapta a coesão contextual,
Decepa articulado o refletir,
Estranho zeugma paradoxal,
Num sulco mórbido, sucumbir.

Mas de onde vem essa amargura
Que grita e expele essa palavra
Não virginal, já que é impura,
Desilusões que tudo lavra?

De meu acéfalo sentido,
Da refração do meu pensar,
Do globalmente destruído
Escombro meu do imaginar...

Marcelo P. Albuquerque

15 de outubro de 2005

27ª Postagem

Pois é...o msmo caderno...
um poeminha bem besta...mas como eu disse q ia colocar todos...
ah...apesar de ngm ler isso aki...vou dizer p/ entrarem no site...
www.marcelodo.palcomp3.com.br
músicas novas!!
aí vai:

Reforma agrária reprimida
Vida diária só perdida
Por toda área dividida
A quaternária corrompida
A tributária falida
Aquela párea de medida
A ordinária oferecida
A verminária comida
A sanguinária batida
A Candelária jazida
A refratária despedida...
E por aí se vai a vida
Se vai sozinha na avenida...

Marcelo P. Albuquerque

13 de outubro de 2005

26ª Postagem

bom...eu vou pôr qualquer poema aqui viu...desde os mais toscos até os mais bem elaboradinhos...
voltando com o caderno...é mais fácil de saber qnts já foram...se fizer tipo, em ordem cronológica...

Tem uma criança, tem uma criança,
Tem uma criança morta na estrada.
Tem uma criança, aquela criança
Em seu caminho atropelada,
A pobre criança, a doce criança,
A meiga que foi desfigurada...
Impune no trânsito há um motorista
Que matou uma criança atropelada.
E que indignação, e que vergonha
Pois todos olham e não fazem nada,
Parece que todos agora estão
Com a alma já tão homogeneizada
Que vêem a criança, a pobre criança
Agonizando em sua luta cansada
E passam ignorando o acontecimento
Da pobre criança de alma calada...

Marcelo P. Albuquerque

11 de outubro de 2005

25ª Postagem

Quisera ser Camões com seus poemas.
Quisera ser Bocage, libidinoso.
Quisera ser Quintana e seus cantares
Ou ser Gregório de Mattos - odioso.

Quisera ser Cecília com seus ventos
Ou Drummond com suas pedras no caminho,
Ou mesmo ser Augusto, amante da morte,
Ou Chico Buarque e os Passarinhos.

Quisera ser Raul com seu Instinto
Ou mesmo ser Olavo ou ser Alberto,
Ou ser grande Bandeira com seus Sapos
Ou Cruz e Souza com seu sonho incerto.

Quisera um dia poder chegar aos pés
Dos mestres desta língua tão amada.
Mas não sei se há lugar para um revés:
Alguém que poetiza o extremo nada...

Marcelo P. Albuquerque

9 de outubro de 2005

24ª Postagem

êÊÊê!!!! Poesia nova!!
fiz hj!!
Ficou meio estranha mas vai assim mesmo...

Felizes são aqueles que beijam as árvores,
Que sentem o cheiro das flores, que abraçam o céu,
E que nunca pensam no amanhã, nunca pensam...
fazem do dia seguinte um esplêndido troféu.

Felizes são aqueles que beijam as flores,
Que sentem o cheiro do céu, que abraçam as árvores.
Que crêem em contos de fadas, em mitologias antigas.
Que imaginam como seria Pandora ou Perséfones.

Felizes são aqueles que beijam o céu,
Que sentem o cheiro das árvores, que abraçam as flores.
Que vivem vertiginosamente cada minuto, cada momento...
E que se entregam rapidamente à magia dos amores...

Feliz...sou eu...

Marcelo P. Albuquerque

8 de outubro de 2005

23ª Postagem

Não sei se já coloquei essa poesia...aí vai...

Só quero o teu amor por toda vida.
Só quero o teu amor e nada mais.
Não me importa a Terra, o Sol, a Lua,
Só tua brisa calma no meu cais.

Não quero mais lançar-me a despedidas
E não vou nunca lançar-me ao adeus.
Não quero ser igual aos tristes homens
Que fingem ser completamente ateus.

Não existe alguém que em nada creia,
Seja em Deus, no Inferno ou no Amor.
Todos buscam sua alma parceira
Não importa classe, credo ou cor.

E eu, como já disse, só te quero,
E nada mais me importa sem você.
Agora tudo vira inocuidade
E agora tudo vira bem querer...

Marcelo P. Albuquerque

3 de outubro de 2005

21ª Postagem

Essa eu lembro...fiz na Cultura...na aula de inglÊs q não passava nunca...

O tempo não passa, o tempo não passa
E me seca, e me agoniza e me corrói
O tempo não passa, o tempo não passa
Me sufoca, me mata e me destrói.
O tempo não passa, o tempo não passa
E a ansiedade me domina
O tempo não passa, o tempo não passsa
Na minha conflitante chacina.
Passa Tempo, passa agora,
De se passar, passou da hora
Passa Tempo, passa agora,
Já vejo o Sol que vem na aurora.
Por que não passas, ó caro Tempo?
Por que insistes em ficar?
Por que não vais, meu deus, ó Tempo?!
E pára de me atormentar...
Vai-te daqui maldito Tempo,
Não volte mais ao meu caminho.
Suma daqui maldito Tempo
Viverei sem ti, sozinho...
Mas esse tempo lasso não passa
E laça ao passo do pesar.
Me lança ao posto do que possa
Um dia, dele, precisar...

Marcelo P. Albuquerque

1 de outubro de 2005

20ª Postagem

Mais uma vez solitário nessa estrada, vou ficar.
Sentindo a maresia, a brisa do mar,
Divagando, olhando o céu e só dela relembrar,
Meu amor.

E tão longe vou ficar de todo o seu torpor
Só lembrando o seu aroma, seu perfume de flor
E sabendo que por enquanto só resta-me a dor
Da saudade.

Esse sentimento que pertence a toda humanidade
E que hoje perdura por toda minha eternidade
E que me faz seguir em frente, o que me faz sentir vontade
De viver.

E olhando para o céu, vislumbrando o anoitecer
E as estrelas...ah, as estrelas, se pudessem saber
O que sinto, as faria com certeza compreender
O que é amar,

Esse estado de espírito em que podemos mergulhar
Sem medo, sem vergonha, num sucinto respirar.
E pela presença do amado, fortemente ansiar
Se novamente solitário, nessa estrada ficar...

Marcelo P. Albuquerque

30 de setembro de 2005

19ª Postagem

Dezessete anos eu vivi, de tormento e desamor
Só foi entregue a mim a tristeza de uma dor
Não sabia o que seria a felicidade, seu ardor.
Não via beleza alguma mesmo na mais bela flor...
Do modo em que eu seguia jamais viria a conhecer
A alegria e a letargia de amar(do bem viver).
Abstrata teoria de poder satisfazer
Os desejos mais profundos do mais doce bem-querer...
Como um salto, de repente, me puxaste para a vida;
Para o jardim dos amantes, nossas almas na ermida...
A tristeza foi-se embora, do meu peito banida.
A beleza da alvorada por meus olhos possuída...

Dezoito anos agora, gota a gota como mel,
Os derramo em tua boca, meu pedaço de céu,
Em gemidos distorcidos, ó lânguido troféu.
Quero que pra sempre uses teu mais fino e branco véu...
[Pois de hoje(e sempre foi assim) em diante és só minha e sou só teu, ensina-me a viver...este tolo plebeu...]

Marcelo P. Albuquerque

é...qndo eu tinha 18 anos...

29 de setembro de 2005

18ª Postagem

Memórias de um Recém Alucinado

Ó tristeza pútrida que me consome,
Que fustiga em meu peito, chamejando
O fogo que queima a alma e alucinando
Entrega-se ao vazio, que a come;

A saudade em meu peito se instalando
Faz enlouquecer mais bravo homem
Faz as incertezas que não somem
Transformarem-se em verdades, como um bando,

Como um bando de leões à sua presa
Atacam continuamente pra que a fraqueza
Ceda de uma vez à morte lângüe.

Já o que tento lhe dizer é que estou louco
E que morro sem te ver, de pouco em pouco
Pois és a minha vida e o meu sangue...

Marcelo P. Albuquerque

26 de setembro de 2005

17ª Postagem

O Resto
Encaro-te, frente a frente
Mas não tenho coragem de dizer
Que amo-te loucamente
E que por isso só posso sofrer...

Sou apenas mais um covarde
Com medo de demonstrar meu sentimento
E agora, já é tarde,
Cheguei ao ápice do sofrimento...

Por isso só me resta partir
Pois assim, todos irão saber,
Que ao invés de deixar de fingir
Minha escolha foi... deixar de viver...

Marcelo P. Albuquerque

essa foi uma das 1ªs...ainda ñ pus a 1ª poesia q fiz né?!

25 de setembro de 2005

16ª Postagem

cansei de falar qual ano foi a poesia...essa msmo ñ lembro...

Me devore meu bem, o corpo e a alma
Com paixão, desejo, amor e sangue.
Os volúpios olhares, sonhos lângues,
Me devore lentamente, reine a calma.
Uma calma no tempo e um fogo ardente
Em nossos corpos no leito acolhedor
Em meio a espasmos e frêmito torpor,
Me devore como a vítima inocente.
Corpo, espírito...tudo se unindo
Num só momento e a paz já vem surgindo
Pra acalmar-nos do nirvana e transformando
O desejo e o prazer em amor eterno
Que descansa plácido no interno
De nosso peito e eterno o ardor queimando...

Marcelo P. Albuquerque

24 de setembro de 2005

15ª Postagem

2° ano de novo...eu acho...ou 1°...ñ sei...

Só mais um passo e tudo se vai
Num vão escuro e sem limpidez
Meu corpo doente no vazio cai
Espero que tudo acabe de uma vez...

Cansei desse mundo que nada me traz
De bom ou de mal, só a indiferença
Espero meu barco na frente do cais
De corpos é feita a água densa...

Gritos, sussurros chamando meu nome
Vozes macabras amedrontam meu ser
O cais no horizonte agora já some
Real, ilusão? Já não posso saber...

Navego sem rumo num rio jazido
A seca cortante afofa a terra
Encontro então alguém conhecido
Que a paz mundial declarou guerra....

Somente um lábaro ousa cruzar
O céu escuro e sem estrelas
Vermes imundos a me rodear
Querem minhas víceras para roê-las...

Entro no mar de azul tristeza
E a infelicidade agora é completa
Foi esse mar Azul - Turquesa
Que me inspirou a ser poeta...

Marcelo P. Albuquerque

essas duas últimas estrofes estão bem ruins...ah...foi um dos 1°s q fiz...
tchau!!

23 de setembro de 2005


Pintura inspiradora da poesia...
Posted by Picasa

14ª Postagem

então...desde ontem coloquei/vou colocar poesias aleatórias...a tchuca me mandou algumas poesias q ela tinha salvado...ontem foi uma q fiz na aula teórica do detran...ano passado...

Pintura

O homem, não sei, não sei se chega ou se vai,
Vejo sua sombra parada por sob o guarda-chuva.
Me encara com sua frieza, paleolítica turva,
Ou se afasta de mim sob a chuva que cai?

Não sei, não sei mas a cena me atrai
E também parado o encaro (com sua negra roupa suja)
E tento pensar em algo antes que o assunto me fuja
Mas estou demasiado triste como perde o filho um pai.

E essa melancolia não me deixa ver seu rosto claramente
Pois paro pensando em nada e em tudo que nunca senti
E assim, em pensamento, esse holocausto me distrai.

E aos poucos se afasta o homem, vagarosamente
E o melancólico pensamento já começa a se esvair
Enquanto, parado, encaro o homem, o homem de negro que sai
Por sob a chuva que cai e se vai...

Marcelo P. Albuquerque
fiz ela vendo um quadro...depois eu ponho ele p/ vcs verem...

21 de setembro de 2005

12ª Postagem

E aí!! Música nova no site!!
tá aí do lado...mas caso ñ vejam, www.marcelodo.palcomp3.com.br

poesia meio comédia...(do 2° ano tb)

...ó céus, ó vida, ó azar...
Essas são as palavras que resumem minha tristeza,
Esta que estarrece e invade todo meu ar
Quer subir de posto e se tornar a realeza.

Mas enfim, não é só tristeza o que sinto
A tudo que nos cerca, é ódio e decepeção,
É ter que até hoje "doar" o nosso quinto
Para essa nossa corte que destrói a nação.

Nos faz ser desunidos e indovidualistas,
Assim nos manipulam e nos deixam alienados,
Pois jamais deixamos de pensar como egoístas
Mesmo com os raquíticos, míopes ou aleijados.

Portanto, hoje não sei mais o que fazer.
Não importa o que gritemos, não vão nos escutar.
Então no pensamento só resta-me dizer:
...ó céus...ó vida...ó azar...

Marcelo P. Albuquerque

= P

20 de setembro de 2005

11ª Postagem

Me segure, meu bem, ou irei cair
Pois já cansei de nessa vida ficar,
Quero ir embora num piscar
De olhos daqueles que nunca vi.

Somente tu me faz continuar
Nessa encruzilhada e me faz iludir
Meus sentimentos e não mais partir
Para o submundo, com o desejar.

E é tão simples o meu querer,
Só quero te amar e ser amado,
Mas sinto uma pena em saber

Que não importa o que eu faça,
Para ti, já sou fardado
Como o símbolo de toda a tua desgraça...

Marcelo P. Albuquerque

novamente o caderno do 2° ano...

19 de setembro de 2005

10ª Postagem

continuando com o msmo caderno...

Intransigente querer
Solidifica meu pensar,
Este simplório calar
Me julga 'ser ou não ser'.
Corrompe todo pesar,
Quer sentimentos sorver
E tudo subverter,
Com o seu lasso, lanhar.
Com devotado auspício
É todo um sonho de Homero
E seu maligno vício
O torna deveras austero
Pois hoje vive no hospício
Do pensamento sincero...

Marcelo P. Albuquerque

18 de setembro de 2005

9ª Postagem

Achei o rascunho dessa música!!
essa foi a 2ª música q eu fiz...

Mesmo quando tudo parece estar perdido
E que já não há mais luz no seu caminho
Não se deixe cair por vencido,
Se no escuro sentir-se sozinho.

Em meu peito terás sempre abrigo
Se cansares de percorrer essa estrada.
Te protegerei de todo perigo
Mesmo sabendo que me abandonarás na alvorada...

Te amo tanto meu amor.
Faça cala essa minha dor.
Eu te peço, por favor,
Só quero sentir teu calor.

Se sentir saudades olhe pra cima,
Pro céu azul e lembre-se de mim.
E quando pisares na grama verde-lima
Sinta que a felicidade não tem fim.

Então volte pro's meus braços rapidamente,
Assim, de repente, sem dar nenhum aviso.
Te receberei carinhosamente
E eternamente em nós reinará o sorriso.

Refrão 2X...

Marcelo P. Albuquerque
= D

esse refrão é meio besta...mas ñ vou mais mudar...já está marcado né...

17 de setembro de 2005

8ª Postagem

Então...eu tô pindo 1° os poemas mais velhos...pq tô com meu 1° caderno aqui...depois vou pondo outros...ñ são bem os 1°s...eles tão no meu antigo fichário...
Pois é...ontem foi o Íconefest...ñ fui classificado dessa vez mas eu já estava prevendo...não tava muito no espírito de tocar...e tb as bandas tão cada vez mais profissonais...oq é bom...
Agora é só esperar o resultado...tô torcendo p/ banda Nova Trilha mas principalmente p/ Upgrade...akeles mulekinhos são foda...quem não foi, perdeu...
hj tô até feliz...mas como esse poema é velho, vou pôr ele msmo...ia colocar outro mas tô com preguiça de ir lá em cima procurar...

Inveja à Felicidade Alheia

Quando vejo em suas faces a cor da alegria
Me sinto empalidecer a um cinza rançoso,
Pois só o que eu sinto é a inveja em demasia
E dentro do peito a solidão é terno gozo.

Quisera eu seu feliz só por um dia
Com aquele sentimento que neles é tão saudoso.
Quisera eu roubar-lhes toda aquela primazia
E sair desse mar de ilusões, tempestuoso.

E hoje nenhuma palavra expressa minha fraqueza,
E hoje nenhuma frase parece ser coesa
Pois sinto-me conturbado com que o outro já dizia.

Que a nossa vida é um caminho tortuoso
Já que o sofrimento é sempre o mais suntuoso
Nessa nossa frágil e pungente hierarquia
(Nessa nossa frágil e latente agonia)

Marcelo P. Albuquerque

14 de setembro de 2005

6ª Postagem

niver da Aninha!!

Amizade

Não importa o tempo
Não importa a distância
Não importa o quão grande seja a mudança.

Não importa a dor
Só o bom sentimento
Pois este não será arrancado com o vento;

O vento do esquecer,
De não lembrar da imagem
De achar que tudo foi só uma miragem.

Não importa nada
Que seja ruim
Sua lembrança estará sempre dentro de mim.

O que importa é a história
Que tanto foi construída
E levarei comigo para o resto da vida.

Também espero que leves
Contigo a minha lembrança
Pra nos momentos de dor sempre haver esperança...

Marcelo P. Albuquerque

13 de setembro de 2005

5ª Postagem

pô...ñ postei ontem nem por falta de tempo pq foi meu niver...foi pq fiquei enrolando msmo...
Q bosta..me ferrei na prova de Mat 1 ontem...e ñ fiz nda o dia inteiro...só fiquei na net...aí vai uma poesia velha...do 2° ano...quase ngm lê esse blog msmo mas é bom p/ eu me expressar...= /

Como eu te odeio, ó vida cruel,
Por ter cultivado minha tristeza tanto,
Me encurralado em seu podre canto
E injetado em minhas veias seu fel.

Hoje não derramarei mais de meu pranto,
Gozarei de experimentar da morte seu mel,
Erguê-la-ei como lânguido troféu,
Vestirei meu destino como a um manto.

Sim, te arrancarei de mim sem piedade,
Não sentirei a nojenta saudade
Que assola aqueles corações tão puros!

Virarei andarilho nos caminhos do mal.
Parasitarei o mundo espectral
Em seus sombrios becos escuros...

Marcelo P. Albuquerque

11 de setembro de 2005

4ª Postagem

então...como já disse Íconefest 6ª...
hj eu tava voltando da casa do meu amigo (agora a pouco) e vi um homem (nos 40) descalço subindo uma ladeira gigantesca q quase toca o céu com a mulher dele, tb descalça, grávida e com uma filha no colo...fiquei indignado com a cena...e apesar dessa poesia não ter mto a ver, aí vai...a quem se interessar...

De saco cheio dessa labuta,
Desse suor esforçado pra nada
Que escrevo esse texto, essa piada
Pr`esses porcos nojentos, filhos da puta.

Não vou mais viver nesse conto de fada.
Não vou apanhar mais nessa luta.
Serei agora quem executa
Os que tudo tiveram de mão beijada.

Pra onde olho há pobreza
(pessoas que não têm nada na mesa)
E isso me faz ficar possesso!

Viva a democratização!!
Viva o burguês! Se foda o peão...
Onde estará nosso progresso?!

Marcelo P. Albuquerque

10 de setembro de 2005

3ª Postagem

Hoje é niver do Dudu!! Parabéns pra ele...eu tentei colocar foto dureto do CD aki e no fotolog mas tá dando pau, então desisto...

Dia 16 vou tocar no Íconefest...apareçam lá...começa às 19:00h, devo tocar 20:30...
bom...é isso...uma poesia velha tb..quando eu tinha acabdo de ler Drácula...

Monólogo de um Vampiro

Ouço uivos de lobos, tão distante,
E o som desta matilha me consome.
E controlando tudo ao meu redor, me some
O controle do meu corpo, meu semblante.

Posso evaporar no vão da noite
E andar pelas ruas sem destino.
Os gritos inocentes são meu hino,
Com todas mulheres faço açoite.

Sobrevivo do sangue amargurado
E no constante ébrio de um amado,
Sigo este viver transcendental.

Intemporal errante, morto-vivo.
Somente saio à noite e já lascivo
Sacio minha libido de imortal.

Marcelo P. Albuquerque

9 de setembro de 2005

2ª Postagem

Bom galera, a maioria das poesias já é velha, então lá vai mais uma...vou colocar a q ficou em 11° ano pasado no SESC (e é a última...pq ñ participei de mais nenhum concurso tb...) as outras são normais...prometo q vou fazre novas qndo tiver inspirações...= P

Espelho, Espelho Meu...

Olho o espelho parado, perplexo,
Estático, analisando cada pedaço;
Falange, pulso, deformado antebraço
E pasmo me enojo com o asqueroso reflexo.

Estranho formato nada preciso.
Alusão ao pensamento tão kafkiano,
Paradigma vital, morbidamente insano,
Pesadelo concretizado de Narciso.

Grotesca criatura sem expressão,
Em seu corpo uma enfática pulsação
O extrai de um estado de tepidez.

E em frente ao espelho se encarando,
Em estranhas idéias postulando
A razão de sua inútil lucidez.

Marcelo p. Albuquerque

8 de setembro de 2005


opa Posted by Picasa

1ª postagem

Pois é galera..blog novo...vou tentar postar basicamente poesias aqui...pra quem se interessar...ñ gosto mto de escrever sobre o dia-a-dia...bom...é isso...lá vai a 1ª...
Como saiu o resultado do prêmio SESC de poesia há pouco tempo (dia 2) vou colocar a minha poesia q ficou em 6° lugar...foram 600 inscritas!! ; )
= D
lá vai...

Folha de Rascunho

Sou folha de rascunho. Interminável obra de uma vida incompleta, que se desdobra para descobrir os segredos de si nas entrelinhas da inexistência.

Sou folha de rascunho. Não tem norma
Da regra culta que me faça verdadeiro
Ou certo, como o triste conselheiro
Que busca no epitáfio a perfeita forma.

Não sou nada a não ser raro cordeiro.
Não sou quase nada, sou ainda feto.
Minha vida é um auto incompleto
Desses que se escreve um ano inteiro.

Sou a simples letra solta sem sentido
Num papel de carta velho, assim caído
Em meio à rua escura e sem saída.

No casulo sou lagarta ainda cega.
Sou o pólen caindo ao léu na flor que entrega
A inocência do meu ser à fragil vida.

Marcelo P. Albuquerque