11 de setembro de 2006

"Apesar de toda contra-indicação e efeitos colaterais, o amor ainda é o melhor, senão, o único remédio, capaz de dar sentido à existência humana"

9 de agosto de 2006

54ª Postagem

nova...

Sim, o que me disseste foi a verdade,
A saudade me veio em um triste som
Longínquo de um tango em semitom
De melancolia, sonho e ansiedade.

Como é penoso lembrar de ti agora
Que nem posso comunicar a tua falta.
O teu sorriso da memória viva salta
À margem de uma imagem de outrora.

Ah...se ao menos pudesses ler este poema
Neste momento, quando escrevo com a pena
Que já regou folhas com outros sentimentos meus,

Seria o mais feliz dentre os mortais.
E nada mais me importaria, nem os ais
De Werther, de Camões ou de Romeu...

Marcelo P. Albuquerque

25 de julho de 2006

53ª Postagem

Espero a tua chegada mas ela nunca acontece...
Agonizantes momentos que passam lentamente,
Parecendo agora que o tempo é dormente
E padece.
O que mais parece, porém, padecer é a minha pessoa.
Definho na triste ausência de ti, maldita a tua promessa.
Maldita a alma minha em eterna espera, e essa
Se esbroa.
Ai de mim, que pus neste encontro tanto pensamento.
Ai de mim que de te amar incondicionalmente vivo,
Tendo que alimentar este sentimento altivo
Em lamento.
Infelizmente vivo em silêncio a te idolatrar
E não há nada que possa fazer para mudar tal engodo.
Sou teu servo fiel, teu sempre, eterno, e todo,
Para quando me quiseres um dia, de surpresa, visitar.

Marcelo P. Albuquerque

6 de julho de 2006

52ª Postagem

Me foge o verso, o vento, a vida
E a vontade de ver tua feição,
Pois mesmo tu que foste querida
Depositou-se em traição.

Me foge o vento, a vida e o verso
De vultos na quieta escuridão,
E assim me resto, submerso,
Na amplidão...

Me foge a vida, o verso, o vento
E todo o resto na imensidão
De sorrisos, de flores, e lento
O tempo me carrega em sua mão.

...e eu, que nada mais espero, mergulho ao destino em coração...

Marcelo P. Albuquerque

30 de junho de 2006

51ª Postagem

Amor Proibido

Queria ao menos que soubesses o que sinto,
Que soubesses de sua parte presente em mim.
Por mais que não mudasse algo em ti, assim
Ao menos não mentiria pra minh’alma como minto.

Se ao menos tivesses dessa angústia a consciência,
Já sentiria um alívio em minha alma torta.
Pobre alma sofrida, tantas vezes morta
Pelo silêncio rompido dessa antiga inocência.

Eu, ser virgem de orgulho e de rancor,
Vivo esperando que um dia notes este amor
Que tanto já suspirou por um simples olhar teu.

E agora, neste momento, lembro teu doce perfume
E me entristeço amargamente com todo o azedume
Que flui do pensamento à lágrima deste plebeu.


...arisca vida seca que não sente pena d’eu...


Marcelo P. Albuquerque

16 de junho de 2006

50ª Postagem

nova...

Apenas vivo, assim, como homem de vidro,
Transluzindo olhares num infinito vão.
Invisível ser envelhecendo em corpo são
Como da mais bela árvore um ramo decíduo.

Tento não me importar com a falta de percepção
Das outras pesoas, como se não houvesse tido
Tempo para repararem em meu corpo, meu tecido
Quase incoloar pelo tempo que me tomou em sua mão.

E mesmo tentando não me importar com tal fato
Não consigo esconder de mim e dos outros o ato
Do pranto desesperado por todo meu desamor...

De mim esvaiu-se, com o vento das almas contentes,
A esperança. E sigo em horas deiscentes
Poetizando a tristeza e a beleza encontrada na dor.

Marcelo P. Albuquerque

18 de maio de 2006

49ª Postagem

Deitar-me-ei em teu frêmito colo
E sentir teu aroma, meu fofo leito
E há de deixar-me nas nuvens de um jeito
Que enfraqueceria mesmo a Apolo.

Na fúria da calma reinará o amor.
E na placidez da selvageria o desejo.
Morreremos na gota de nosso beijo
Que pinga nossa essência com ardor.

O suor da carne, da nossa pele
Transborda os sentimentos e expele
Qualquer pensamento de maldade.

E assim os amantes virarão crianças
Com o amor mais puro de esperanças,
Que só conhecerão a felicidade...

Marcelo P. Albuquerque

2 de maio de 2006

48ª Postagem

vou colocar essa logo...antes que eu perca de novo..

Poeta Frustrado Consigo Mesmo Reclamando sua Tristeza à Vida

De que me vale este cantar
Se só anseio pela morte?
De que me vale o imaginar
Se foi-se embora a minha sorte?
De que me vale o teu olhar
Se o teu piscar é como um corte,
Ou o infeccioso ar
Se o peito já não mais é forte?

Resposta da Vida ao Poeta

E por que ouves meus cantares
Até o fim e não revela
Teus sentimentos? Por que andares
Sem rumo preso à tua cela?
E por que nunca me falares
Como te sentes e dás trela
Ao sofrimento que nos ares
Inútil paira com cautela?

Poeta tentando forjar uma Desculpa

O faço quase sem pensar,
Está no empírico da mente...
Instinto meu de aniquilar
Felicidades de quem sente
E sempre postou-se a chorar
Pingando a alma eternamente
Motivo pr'este ser gritar
Um grito quase inconsequente.

Vida Dando sua Resposta Final ao Poeta

Rogo-te, ouça-me agora
Pois o que digo é relevante,
Palavras para alguém que chora
Os infortúnios de um errante.
E digo: não mais te apavora,
E abandona este semblante
Pois esta história já outrora
Escrita foi por tal Cervantes.


Marcelo P. Albuquerque

gosto dessa poesia...assim...pela dinâmica dela...mtos versos bobinhos e óbvios...mas gosto dela...

23 de abril de 2006

46ª Postagem

poesia velha...

As minhas rimas de nada valem
Pois já não tenho o que dizer
Escrevo só por escrever,
Parnasianos que o falem.

São rimas simples, sem segredo
Que preenchem as linhas destes versos
Que em pensamentos, submersos,
Estão as linhas do meu medo.

Às vezes, mesmo sem sentido
Por eu sentir-me reprimido
Escrevo quase sem pensar.

Mas nada digo, como quase
Sempre. Estou naquela fase
De escrever sem imaginar.

Marcelo P. Albuquerque

hahaha!!
q mierda!!

19 de abril de 2006

13 de abril de 2006

45ª Postagem

Poesia velha...voltamos com as velhas...

As janelas da minha vida estão abertas
Com cortinas que filtram sentimentos
Que, com a suave música do vento
Dançam as oitavas de um aprendiz.

E as passadas dessa música tão incerta
Consagram na alma tonta, o momento
E que, mesmo com o soprar do esquecimento,
As marcas gravadas não em um triz

Serão perpetuadas...eternidade...
Perdurarão pra nos momentos de saudade
Lembrar de um Carpe Diem com sabor.

E os versos dessa música sempre seguem
Com as vidas que se cruzam e conseguem
Unir de dois ou três um só amor...

Marcelo P. Albuquerque

6 de março de 2006

44ª Postagem

Enquanto aqui em movimento escapa
A formiga do Sol queimando inteiro,
Em algum lugar distante algum barqueiro
Um buraco em sua jangada tapa.

Pobre do barqueiro que atravessa
Pessoas fúteis entre as margens do rio,
Este revoltado e tantas vezes frio
Que só tem lugar pra sua pressa.

De nada mais o barqueiro precisa
Que não de sua simplória jangada
De madeira forte e proa lisa...

Mais um buraco pra sua coleção,
Já que tudo que ele leva em coração
É seu trabalho intenso...mais nada...

Marcelo P. Albuquerque

43ª Postagem

Querer-te é desejar o vívido suspiro
Dos ladrões e dos amantes abordoados
Para si. É sentir-se um tanto atordoado
Por tentar abraçar o mundo em pleno giro.

O simples fato de te olhar é não viver
Em sã consciência com a vida em resto inteira.
É não achar em espírito outra maneira
Que não a de querer em teus braços padecer.

Triste é o homem taciturno que recita
Versos para ti deixando em alma escrita
A melancólica vida em que um dia houve luz.

E mais triste sou eu que além de recitar,
Vivo em madrugada por ti a procurar
Mesmo sabendo que pra ti só tenho a dar
Meu pus...

Que de minha vida unicamente é o que faz jus...

Marcelo P. Albuquerque

27 de fevereiro de 2006

24 de janeiro de 2006

42ª Postagem

Praia de Ipanema (Sábado)

Apenas eu sentado na fina areia da praia
Olhando o pouco que sobrou de beleza no lugar,
Desviando o olhar do lixo tóxico do petróleo
Que, com intimidade, se deposita no mar.

Apenas eu sentado na fina areia da praia
Olhando um pequeno siri tentando se esquivar da multidão.
A ele só resta ser pisoteado ou ir para a água
Totalmente poluída, nenhuma outra opção.

Apenas eu sentado na fina areia da praia
Detestando as pessoas que cospem e xingam em demasia,
Me espanto com a ridícula afirmação de um estúpido que passa
Dizendo que esperava a hora de brigar neste dia.

Eu, apenas eu sentado na fina areia da praia
Me esforaçando profundamente pra gostar de além do que se vê;
Além do lixo humano, dos pobres siris, dos cuspes,
Dos xingamentos, dos barcos motorizados, e etc, só tenho uma coisa a dizer:

Não há gaivotas no céu.

Marcelo P. Albuquerque

3 de janeiro de 2006

41ª Postagem

Bom...até eu voltar p/ Brasília vou pôr as poesias novas...pq tô sem meu antigo caderno...aki vai uma música q fiz hj...é meio bobinha...lá vai...

Apenas eu sentado num degrau da escada.
Me perco na triste e distante lembrança tua.
Tenho a vida curta e a alma cansada,
E os olhos opacos ao movimento da rua.

Não, não consigo entender
Porque teve de ir assim.
E não me importa se é ou não clichê
Quando digo que sem você não há vida em mim.

"Refrão":

De todo o amor que brota no meu peito
O teu é o mais fino e puro.
Palavras simples de um sujeito
Que já não mais que viver no escuro.

E hoje vivo na ilusão
Que um dia irá voltar.
Não importa minha previsão,
Esse dia nunca vai chegar.

"Refrão":
De todo o amor que brota no meu peito
O teu é o mais frágil e puro.
Palavras que com ou sem defeito
Me fazem jurar a alma como juro.

continuação do "refrão":
Juro a alma a ti pra quando quiseres me amar.
Ah, meu bem...eu só quero sentir o dom e o bom de poder voltar a sonhar.

Marcelo P. Albuquerque

P.S.: possível mudança na última estrofe...