27 de dezembro de 2005

40ª Postagem

opa...então...poesia nova...feita no Arpoador...no pôr-do-sol

Apenas eu sentado na rocha junto ao mar.
Um ínfimo ser vivo cuja inspiração
É tentar passar a lápis o que brota em coração
Vazio de horizonte, cor, espera e par.

Um quadro fugidio de singela imitação
De tantos outros homens que em eterno pesar
Travavam batalhas inúteis com o que lhes faltava o ar,
A velha e triste ventura...a busca de emoção.

E eu, apenas eu ao relento na pedra calada,
Um espantalho em espasmo de idéia imaginada,
Busco em palavras monótonas explicar minha tristeza.

A solidão e a saudade em meu sujeito profundo
Não sabem que em meu peito agora jaz moribundo
O sopro de minh’alma, a antiga chama acesa.

Marcelo P. Albuquerque

11 de dezembro de 2005

39° Postagem

então...pausa no 1° ano...só p/ postar as últimas poesias...antes q se percam...

Fui ao bosque procurar o que faltava em mim,
Procurar algo para completar minha alma.
Densa chuva cinzenta a cair como pensamento
Inundando meu âmago com dolorosa calma.
Essa busca desesperada de substância intrínseca
É como o próprio bosque, vazio, e escuro, e frio:
Gigantes troncos fincados sem mobilidade
Com ínfimas copas verdes, as quais espio.
E o chão, coberto de folhas secas tem cheiro
De morte, amarga companheira inevitável.
E o que resta de verdes e delicadas folhas
À deriva é devorado pelos vermes, destino afável.
Até o cheiro da terra é úmido e mórbido,
Inóspita em sua essência, é o fim da cobertura.
E tanto se assemelha a imagem minha com a do bosque
Que é como o espelho que une o criador à criatura.
Quanto mais me aventuro a adentrar neste lugar,
Mais difícil é a visão pois encobre tudo a neblina,
E quando chego ao centro e paro de alma tonta
Percebo aos meus pés uma frágil flor que germina.
Estranhando este sopro de vida parado, singelo à minha frente,
Me vem o entendimento simples e cru, antes bloqueado.
E a obviedade de tudo me traz um sorriso à face
Irônico, a verdade é como um pano bordado...
Ali tudo fez-se claro, neste instante lacônico,
De nada eu precisava que não tivesse em mim,
Um simples e ilusório sentimento que todos temos;
A esperança de haver beleza mesmo no pior lugar enfim...
E agora sei como o vento, estampado em meu espírito
Que fui ao bosque entender o que guardava secreto em mim.

Marcelo P. Albuquerque

4 de dezembro de 2005

38ª Postagem

Aff...não vejo a hora de acabarem as poesias do 1° ano...são mto toscas..eu me envergonho...

Onde estará a matriz
De todo o meu sofrimento?
O que será que eu fiz
Para ter tal “punimento”?
Lágrimas correm constantemente
Dos meu olhos até o chão,
E por mais que eu não agüente,
Busco sempre a razão.
Ajo com hipocrisia,
Enganando o coração.
Minha vida é vazia
E não encontro a solução.
Acho que por tal motivo
Continuo a minha vida,
Pois somente sobrevivo
Porque sei que há saída...

Marcelo P. Albuquerque