25 de outubro de 2005

30ª Postagem

Mais uma do 1° ano...

A nobre lua irradia
A vívida luz celestial
Que cobre o leito do dia
Com sua beleza nupcial.

E no começo desse fim,
Naquela noite bem singela,
Eis que paira sobre mim
Das criaturas a mais bela.

Meu coração, agora tépido,
Se rendeu aos seus encantos,
Este que era o mais intrépido
Só faltava estar aos prantos.

E naquele enorme impasse,
Sem saber o que falar,
Como se já não bastasse...
Eu acabara de acordar...

Marcelo P. Albuquerque

23 de outubro de 2005

29ª Postagem

Bom...como sumiu meu caderno...(ainda faltavam algumas poesias de lá) vou pôr em ordem agora...
essa foi a primeira poesia q eu escrevi na minha vida...vejam q tosca...

(06/08/01)

Ardor, por que abrasas meu peito
Com este sentimento de dor?
Tu me pegaste de jeito
Com este insólito amor.

Essa linda e jeitosa donzela
Que num simples olhar me encantou,
Sem nenhum sinal de cautela,
Sua chama me incendiou.

Pena que não posso tê-la,
É só um inconformável ilusão,
Mas também não posso esquecê-la,
Já dominou meu coração...

Marcelo P. Albuquerque

17 de outubro de 2005

28ª Postagem

msmo caderno...do 2° ano...

Eco

Esse meu verbo hoje que é seco
Que corta a alegria dos afortunados
Impele os ratos de todos os becos,
Como num eco o faz um miado.

Decapta a coesão contextual,
Decepa articulado o refletir,
Estranho zeugma paradoxal,
Num sulco mórbido, sucumbir.

Mas de onde vem essa amargura
Que grita e expele essa palavra
Não virginal, já que é impura,
Desilusões que tudo lavra?

De meu acéfalo sentido,
Da refração do meu pensar,
Do globalmente destruído
Escombro meu do imaginar...

Marcelo P. Albuquerque

15 de outubro de 2005

27ª Postagem

Pois é...o msmo caderno...
um poeminha bem besta...mas como eu disse q ia colocar todos...
ah...apesar de ngm ler isso aki...vou dizer p/ entrarem no site...
www.marcelodo.palcomp3.com.br
músicas novas!!
aí vai:

Reforma agrária reprimida
Vida diária só perdida
Por toda área dividida
A quaternária corrompida
A tributária falida
Aquela párea de medida
A ordinária oferecida
A verminária comida
A sanguinária batida
A Candelária jazida
A refratária despedida...
E por aí se vai a vida
Se vai sozinha na avenida...

Marcelo P. Albuquerque

13 de outubro de 2005

26ª Postagem

bom...eu vou pôr qualquer poema aqui viu...desde os mais toscos até os mais bem elaboradinhos...
voltando com o caderno...é mais fácil de saber qnts já foram...se fizer tipo, em ordem cronológica...

Tem uma criança, tem uma criança,
Tem uma criança morta na estrada.
Tem uma criança, aquela criança
Em seu caminho atropelada,
A pobre criança, a doce criança,
A meiga que foi desfigurada...
Impune no trânsito há um motorista
Que matou uma criança atropelada.
E que indignação, e que vergonha
Pois todos olham e não fazem nada,
Parece que todos agora estão
Com a alma já tão homogeneizada
Que vêem a criança, a pobre criança
Agonizando em sua luta cansada
E passam ignorando o acontecimento
Da pobre criança de alma calada...

Marcelo P. Albuquerque

11 de outubro de 2005

25ª Postagem

Quisera ser Camões com seus poemas.
Quisera ser Bocage, libidinoso.
Quisera ser Quintana e seus cantares
Ou ser Gregório de Mattos - odioso.

Quisera ser Cecília com seus ventos
Ou Drummond com suas pedras no caminho,
Ou mesmo ser Augusto, amante da morte,
Ou Chico Buarque e os Passarinhos.

Quisera ser Raul com seu Instinto
Ou mesmo ser Olavo ou ser Alberto,
Ou ser grande Bandeira com seus Sapos
Ou Cruz e Souza com seu sonho incerto.

Quisera um dia poder chegar aos pés
Dos mestres desta língua tão amada.
Mas não sei se há lugar para um revés:
Alguém que poetiza o extremo nada...

Marcelo P. Albuquerque

9 de outubro de 2005

24ª Postagem

êÊÊê!!!! Poesia nova!!
fiz hj!!
Ficou meio estranha mas vai assim mesmo...

Felizes são aqueles que beijam as árvores,
Que sentem o cheiro das flores, que abraçam o céu,
E que nunca pensam no amanhã, nunca pensam...
fazem do dia seguinte um esplêndido troféu.

Felizes são aqueles que beijam as flores,
Que sentem o cheiro do céu, que abraçam as árvores.
Que crêem em contos de fadas, em mitologias antigas.
Que imaginam como seria Pandora ou Perséfones.

Felizes são aqueles que beijam o céu,
Que sentem o cheiro das árvores, que abraçam as flores.
Que vivem vertiginosamente cada minuto, cada momento...
E que se entregam rapidamente à magia dos amores...

Feliz...sou eu...

Marcelo P. Albuquerque

8 de outubro de 2005

23ª Postagem

Não sei se já coloquei essa poesia...aí vai...

Só quero o teu amor por toda vida.
Só quero o teu amor e nada mais.
Não me importa a Terra, o Sol, a Lua,
Só tua brisa calma no meu cais.

Não quero mais lançar-me a despedidas
E não vou nunca lançar-me ao adeus.
Não quero ser igual aos tristes homens
Que fingem ser completamente ateus.

Não existe alguém que em nada creia,
Seja em Deus, no Inferno ou no Amor.
Todos buscam sua alma parceira
Não importa classe, credo ou cor.

E eu, como já disse, só te quero,
E nada mais me importa sem você.
Agora tudo vira inocuidade
E agora tudo vira bem querer...

Marcelo P. Albuquerque

3 de outubro de 2005

21ª Postagem

Essa eu lembro...fiz na Cultura...na aula de inglÊs q não passava nunca...

O tempo não passa, o tempo não passa
E me seca, e me agoniza e me corrói
O tempo não passa, o tempo não passa
Me sufoca, me mata e me destrói.
O tempo não passa, o tempo não passa
E a ansiedade me domina
O tempo não passa, o tempo não passsa
Na minha conflitante chacina.
Passa Tempo, passa agora,
De se passar, passou da hora
Passa Tempo, passa agora,
Já vejo o Sol que vem na aurora.
Por que não passas, ó caro Tempo?
Por que insistes em ficar?
Por que não vais, meu deus, ó Tempo?!
E pára de me atormentar...
Vai-te daqui maldito Tempo,
Não volte mais ao meu caminho.
Suma daqui maldito Tempo
Viverei sem ti, sozinho...
Mas esse tempo lasso não passa
E laça ao passo do pesar.
Me lança ao posto do que possa
Um dia, dele, precisar...

Marcelo P. Albuquerque

1 de outubro de 2005

20ª Postagem

Mais uma vez solitário nessa estrada, vou ficar.
Sentindo a maresia, a brisa do mar,
Divagando, olhando o céu e só dela relembrar,
Meu amor.

E tão longe vou ficar de todo o seu torpor
Só lembrando o seu aroma, seu perfume de flor
E sabendo que por enquanto só resta-me a dor
Da saudade.

Esse sentimento que pertence a toda humanidade
E que hoje perdura por toda minha eternidade
E que me faz seguir em frente, o que me faz sentir vontade
De viver.

E olhando para o céu, vislumbrando o anoitecer
E as estrelas...ah, as estrelas, se pudessem saber
O que sinto, as faria com certeza compreender
O que é amar,

Esse estado de espírito em que podemos mergulhar
Sem medo, sem vergonha, num sucinto respirar.
E pela presença do amado, fortemente ansiar
Se novamente solitário, nessa estrada ficar...

Marcelo P. Albuquerque