14 de janeiro de 2011

Oficinando poesias

Brasília...

A chuva cai lentamente na noite da cidade impossível.
Pára e volta como sonho de criança, imprevisível...
Sonho...é o que define essa polis de curvas retangulares
E deixa a imaginação de quem não a conhece assim...pelos ares.

E a chuva cai bruscamente na noite da cidade, impossível.
Só para alagar as voltas, retornos, tesouras virando mares.
E algumas crianças sem sonho, sem sono, largadas, encharcadas na rua
Se fazem valer de um abrigo enquanto adoecem outras milhares...

Uma Bolha ao Surfe

Pop! estoura no nariz de um senhor que caminhava
E vira sabão e água novamente em pingos irritantes.
Cena corriqueira de um domingo no parque da cidade
Com suas crianças, cachorros, famílias e patos quase mutantes.
E mais uma bolha sobe ao infinito graciosa
Brincando de mudar de cor enquanto baila com a brisa.
E a cena me lembra uma velha jangada num riacho
Que desliza...

Quisera eu ser essa bolha. Livre de peso, de carne, pensamento
E ter somente o dever de ser leve...no vento...

MPA