16 de junho de 2006

50ª Postagem

nova...

Apenas vivo, assim, como homem de vidro,
Transluzindo olhares num infinito vão.
Invisível ser envelhecendo em corpo são
Como da mais bela árvore um ramo decíduo.

Tento não me importar com a falta de percepção
Das outras pesoas, como se não houvesse tido
Tempo para repararem em meu corpo, meu tecido
Quase incoloar pelo tempo que me tomou em sua mão.

E mesmo tentando não me importar com tal fato
Não consigo esconder de mim e dos outros o ato
Do pranto desesperado por todo meu desamor...

De mim esvaiu-se, com o vento das almas contentes,
A esperança. E sigo em horas deiscentes
Poetizando a tristeza e a beleza encontrada na dor.

Marcelo P. Albuquerque

Nenhum comentário: