10 de novembro de 2005

34ª Postagem

tb 1° ano...

Sempre no agonizante martírio do dia a dia
Sinto uma navalha em minha carne a toda hora.
Uma navalha de tristeza, sempre fria,
Em que todo o ódio humano aflora.

Corações rancorosos e sem piedade
Seguem adiante ao futuro da nação,
Não conhecem um pingo de felicidade,
Pisoteados aos milhares, esmagados no chão.

Faço parte dessa imensa massa infeliz
Que como vermes se atacam e se devoram.
Lembro de todas as atrocidades que fiz
Sem dó nem mesmo daqueles que imploram.

Atônito ao mundo, vejo o tempo passar.
Não tenho mais nada em que eu possa crer,
Nada mais que eu possa desejar
Que não me faça sofrer...

Marcelo P. Albuquerque

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