27 de setembro de 2009

Ode ao Rei Lagarto

E vem o calango príncipe do Cerrado
Cuspindo fogo e apagando com sua cauda deixando só as cinzas pelo caminho
Pra talvez alguma fênix ressurgir...não existem espiões, só este, que é o último, o fim de tudo, meu caro amigo. A última borboleta urrará seu grito silencioso de cristal, um urro que voa, flutua como uma barca de cristal...
Somente hoje o príncipe calango retornará ao seu enfadonho serviço de reconstrução da mente humana, queimando bravo o último sobrevivente na chuva ácida de pensamentos tortuosos...
Ele quer pegar carona na estrada do fim da noite, na presença da tempestade e sumir com a família puritana e assassinar a última música do século, e quando a música terminar enfim, ele rastejará pela terra semi-árida e entrará em seu lar pela porta de trás...
Sua família em perigo grita no eco silencioso das esquinas dos corredores que dão de frente a somente uma porta. A porta que liberta o Ego, o mais escondido e nefasto pensamento da mente que vem como o pássaro negro da prece feita às escuras quando ninguém vê seu rosto e toda a máscara gentil se transforma em calango de fogo...o príncipe da seca, que é o único detentor da chave da Porta... Acaba-se tudo enfim...e vem...O fim...


MPA

Dedicado a Jim Morrison (Doors)
o eterno Lizard King.

Nenhum comentário: