Eu descobri meu templo
Na paz dos donos de cachorro,
No abandono dos moradores,
Das ruas vazias de domingo.
Onde as poças d'água dialogam
Com as flores caladas se abrindo.
E em procissão vou caminhando.
No asfalto quente me divirto.
Em passos marcados pelos postes,
Em telhados quebrados,
Em lojas, em lotes.
Eu tiro a coleira do meu espírito.
A causa e o acaso jogam tranqüilos
Um xadrez eterno no meu caminho.
E ao musgo do tronco que me abençoa
Ajoelhado eu reverencio.
Nos becos, nos bares, nos túneis vazios,
A fé me ordena, e eu assovio.
Jorge L. F. Verlindo.
Conheçam Brasília! poema de um brasiliense para essa cidade maravilhosa.
(Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade)
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2 comentários:
Que meigooo, vc tem blog! ^^
Queijoos.
Muito bom, muito bom =)
fiz uma poesia também falando um pouco sobre Brasília: http://apoesialeveeempirica.blogspot.com/2010/09/cinza.html
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